Anos 70

Os anos 70 foram marcados por transformações sociais, políticas, econômicas e tecnológicas que ocorreram no contexto da Guerra Fria e da Ditadura Militar brasileira.
Mulheres em protesto contra a ditadura nos anos 70.
No Brasil, os anos 70 foram especialmente marcados pela Ditadura Militar.[1]
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Os anos 70 compreenderam o período entre 1º de janeiro de 1970 e 31 de dezembro de 1979. A década pode ser dividida em dois períodos, o primeiro vai até 1973, quando o mundo passou por grande desenvolvimento econômico, inclusive o Brasil; e o período pós-1973, marcado por uma crise econômica mundial que se iniciou por causa de um conflito no Oriente Médio.

No início da década, o Brasil viveu nos Anos de Chumbo, momento de maior repressão da Ditadura Civil-Militar, marcado por torturas, censura e autoritarismo. A partir de 1974, o Brasil iniciou um processo de redemocratização capitaneado pelos próprios militares, esse processo só se encerraria em 1985.

A década também teve importantes competições esportivas e uma Olimpíada que entrou para a história por causa de um atentado. Também foi em uma Olimpíada dessa década que uma atleta da ginástica olímpica entrou para a história pelo seu desempenho. Na tecnologia, os anos 70 revolucionaram o mundo no campo da informática, desenvolvendo e popularizando diversos mecanismos eletrônicos.

Leia também: Ditadura Militar no Brasil — regime que dominou o cenário brasileiro na década de 1970

Resumo sobre os anos 70

  • Os anos 70 são conhecidos pelas discotecas, calças boca de sino, saltos plataforma, roupas coloridas e pelo tricampeonato mundial de futebol do Brasil.

  • O Brasil viveu durante todo os anos 70 sob uma ditadura.

  • A Guerra do Vietnã se encerrou nessa década e a Guerra do Afeganistão se iniciou nela.

  • A Guerra Fria teve grande influência na política internacional durante os anos 70.

  • Em 1973, ocorreu a crise do petróleo e, no Brasil, o milagre econômico brasileiro terminou.

  • Bandas como Deep Purple, Kiss, Ramones, Pink Floyd e Led Zeppelin fizeram sucesso nos anos 70.

  • Na década de 70, foram lançadas ao espaço as duas sondas Voyager, elas continuam em funcionamento ainda hoje.

Como era a vida nos anos 70?

→ Cultura e sociedade dos anos 70

Muitos consideram os anos 70 a época da individualidade. A própria tecnologia que passou a ser comercializada no período, como os computadores pessoais, videogames, walkmans e videocassetes, contribuiu para o individualismo.

No entanto, a década de 70 também foi um período no qual diversos movimentos sociais ganharam força, como os movimentos negro, indígena e feminista. Também foi a década em que a preocupação ambiental passou a fazer parte da pauta da ONU e de diversos governos, em parte pressionados pela opinião pública e por ONG.

A televisão se tornou popular no Brasil nos anos 70, e a primeira transmissão colorida ocorreu aqui em 1972. Nessa década, as novelas da Rede Globo já eram as que davam mais audiência na televisão. Novelas como Irmãos Coragem, O Bem-Amado (primeira novela colorida), Dancin’ Days, Escrava Isaura, Gabriela e Saramandaia tiveram grande audiência no período.

No cinema mundial, foram lançados filmes como Star Wars; O Exorcista; Alien, o Oitavo Passageiro; O Poderoso Chefão; Apocalypse Now; Contatos Imediatos de Terceiro Grau; Taxi Driver, entre outros. No cinema nacional, as pornochanchadas atraíam grandes públicos ao cinema.

O nome do gênero se deve às palavras “pornô” e “chanchada”. Essas produções tinham baixos custos e eram gravadas, muitas vezes, na chamada Boca do Lixo, região da cidade de São Paulo. Vale lembrar que o Brasil vivia na Ditadura Civil-Militar, e muitos grupos passaram a criticar as pornochanchadas, assim, algumas delas foram censuradas total ou parcialmente.

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→ Economia nos anos 70

Os anos 70 começaram com boa parte dos países europeus e os da América do Norte adotando o keynesianismo como principal política econômica. A teoria foi desenvolvida pelo britânico John Keynes e defende que o Estado deve intervir na economia, com o objetivo de garantir o pleno emprego e a qualidade de vida da população.

O keynesianismo foi adotado pelos países ocidentais para fazer frente ao comunismo soviético, garantido direitos sociais à população, tais como educação, saúde, segurança, moradia, emprego e lazer. A adoção da política econômica tinha por objetivo evitar que os trabalhadores caíssem nas tentações do comunismo.

Contudo, em 1973, as coisas mudaram. Em 6 de outubro de 1973, no Yom Kippur, o Dia do Perdão para os judeus, tropas da Síria, do Egito e do Iraque invadiram Israel, iniciando a Guerra do Yom Kippur. Durante o conflito, os Estados Unidos apoiaram Israel. O conflito terminou com a vitória militar israelita e com um acordo entre os países beligerantes.

Em retaliação ao apoio ocidental a Israel, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), formada, na maioria, por países muçulmanos, aumentou drasticamente o preço do barril do petróleo. O fato deu origem a uma crise global conhecida como a crise do petróleo. Durante a crise, o keynesianismo começou a perder força, e, gradativamente, práticas neoliberais começaram a ser adotadas.

O neoliberalismo é a política econômica que defende o Estado mínimo e aposta na iniciativa privada. Na década de 1980, o neoliberalismo ganhou força na Europa e nos Estados Unidos e, na década seguinte, em boa parte do mundo, inclusive no Brasil. Entre as principais medidas neoliberais, estão a privatização de empresas estatais, a redução de direitos trabalhistas e a redução dos serviços públicos ofertados à população.

O Brasil iniciou os anos 70 no chamado milagre econômico, período caracterizado por grande crescimento do PIB e pela realização de diversas obras pelo Estado, muitas delas em parceria com setores privados. No entanto, com a crise do petróleo, os investimentos estrangeiros foram reduzidos drasticamente, assim como as exportações do nosso país.

A crise do petróleo marcou o fim do milagre econômico, e o início de uma crise econômica que perdurou até o fim da Ditadura-Civil Militar e que permaneceu nos primeiros anos da Nova República.

→ Política nos anos 70

O Brasil passou todos os anos 70 sob o governo da Ditadura Civil-Militar, mas a década marcou uma drástica mudança nos rumos da ditadura. No início da década de 70, o Brasil vivia os Anos de Chumbo, que haviam sido iniciados com o AI-5, em 1968. Esse período foi considerado o auge da repressão dos militares, e nele ocorreu o fim dos grupos armados que lutavam contra a ditadura.

Nos anos 70, dois fenômenos passaram a enfraquecer o apoio que a ditadura tinha de parte da população, o fim do milagre econômico e a divulgação de crimes cometidos por agentes do Estado, entre eles o assassinato de Vladimir Herzog e do operário Manoel Fiel Filho.

Em 1974, o presidente do Brasil, general Ernesto Geisel, iniciou um processo de redemocratização que seria, nas suas próprias palavras em sua posse, “uma abertura lenta, gradual e segura”. No final da década, em 1979, foi aprovada a Lei de Anistia, que permitiu que muitos brasileiros exilados retornassem ao Brasil.

Internacionalmente a política dos anos 70 foi marcada pela Guerra Fria. Nela a Guerra do Vietnã terminou, com a derrota dos Estados Unidos e com o Vietnã se tornando uma país comunista; e a Guerra do Afeganistão se iniciou, ela terminaria com a derrota dos soviéticos na década de 1980, considerada um dos motivos que levaram ao colapso do bloco soviético.

Em abril de 1974, ocorreu a Revolução dos Cravos, em Portugal, onde uma ditadura que durava décadas foi derrubada e a democracia voltou ao país. No mesmo ano, Portugal reconheceu a independência de Angola e de Moçambique.

Selo com astronautas da missão espacial dos EUA e da URSS que ocorreu nos anos 70.
No contexto da Guerra Fria, EUA e URSS protagonizaram, juntos, uma missão espacial.[2]

A Missão Apollo-Soyuz ocorreu em 1975 e foi um marco na Guerra Fria. Contou com colaboração total de norte-americanos e soviéticos, inclusive com a troca de informações consideradas até então secretas.

Na missão, astronautas dos Estados Unidos e da União Soviética acoplaram suas naves na órbita da Terra e trocaram presentes no espaço. A colaboração entre as duas superpotências na área espacial levou à construção da Estação Espacial Internacional, a ISS, ainda hoje em operação.

→ A moda nos anos 70

Para muitos, a moda dos anos 70 é considerada a mais colorida, alegre e plural de todos os tempos. A moda do período foi fortemente influenciada pelo movimento hippie, originado na década anterior. O xadrez também esteve na moda durante a década de 1970.

Quando nos lembramos da moda dos anos 70, a primeira coisa que nos vem à mente são pessoas usando calças boca de sino e sapatos plataforma, sem dúvida marcas do período. Originalmente a calça boca de sino era utilizada por marinheiros dos Estados Unidos e do Reino Unido, e passaram a ser utilizadas pela população em geral no final da década de 60, tornando-se muito populares nos anos 70.

Casal fotografado em 1975, vestindo roupas da moda dos anos 70.
Calças boca de sino e sapatos plataforma marcaram a moda nos anos 70.

Outra inovação na moda dos anos 70 foi o uso de tecidos sintéticos, muitos estilistas chamam o período de “década do poliéster”, por causa do grande uso desse tecido. Esses novos tecidos foram largamente utilizados em trajes esportivos, e, no final da década, esse tipo de traje também se popularizou entre a população em geral.

Desde a década de 1950, o jeans era visto como um traje subversivo, adotado principalmente por jovens considerados rebeldes para os padrões da época. Na década de 1960, o jeans passou a ser mais aceito e, na década de 1970, passou a fazer parte do guarda-roupa de quase toda a população do Ocidente.

A década terminou com a moda valorizando o conforto em detrimento do estilo, e trajes compostos por tênis, calça jeans e camiseta passaram a ser largamente utilizados.

→ Esportes nos anos 70

  • Copas da década de 1970

Nos esportes, os anos 70 começaram bem para o Brasil, que se tornou tricampeão mundial de futebol na Copa do México de 1970, levando em definitivo para o Brasil a Taça Jules Rimet. Para muitos especialistas, foi a melhor Seleção Brasileira de todos os tempos. Em 1983 a Taça Jules Rimet foi roubada da sede da CBF e nunca mais apareceu, existem diversas teorias sobre o destino da peça, mas nenhuma delas foi comprovada até hoje.

Seleção Brasileira tricampeã de futebol nos anos 70.
 Pelé, Rivelino, Carlos Alberto Torres e Jairzinho foram destaques da Seleção Brasileira tricampeã mundial de futebol.

A copa de 1974 ocorreu na Alemanha Ocidental, que acabou se sagrando campeã do torneio, vencendo na final a lendária seleção holandesa, conhecida como “carrossel holandês”. O Brasil terminou em quarto lugar no torneio.

A copa de 1978 ocorreu na Argentina e foi uma das mais polêmicas da história. O país sul-americano vivia sob uma ditadura militar, acusada de promover torturas, prisões arbitrárias, assassinatos, censura, entre diversos outros crimes e violações aos Direitos Humanos. A copa foi vencida pela Argentina, mas, ainda hoje, dúvidas pairam sobre essa conquista e a influência dos militares argentinos no resultado da copa.

Brasil e Argentina estavam no mesmo grupo, e somente um se classificaria para a final.  Na última rodada do grupo, o jogo Brasil x Polônia ocorreria de dia, e o jogo Argentina x Peru ocorreria à noite. Na véspera das partidas, no entanto, seus horários foram invertidos, e a Argentina entrou em campo sabendo que precisava ganhar de mais de quatro gols do Peru, vencendo a partida por 6 a 0.

Existe ainda a suspeita de interferência dos militares na mudança do horário; suspeita-se também de que os peruanos entregaram o jogo para os argentinos.

  • Atentado terrorista na Olimpíada de 1972

A Olimpíada de 1972 foi, infelizmente, marcada por um atentando terrorista e não pelo esporte, como deveria ser. Ela ocorreu na cidade de Munique, na Alemanha Ocidental. Durante o evento, um grupo de terroristas palestinos do grupo Setembro Negro invadiu a vila olímpica e atacou 11 membros da delegação de Israel. Dois deles tentaram conter os membros do Setembro Negro e foram assassinados, os outros nove israelitas foram feitos reféns.

O prédio onde terroristas e reféns estavam foi cercado pela polícia alemã e negociações foram iniciadas. Imagens ao vivo do sequestro foram transmitidas para todo o planeta. O governo da Alemanha Ocidental concordou em disponibilizar um avião para os sequestrados, assim como afirmou que Israel libertaria prisioneiros palestinos que estavam detidos nesse país.

Terroristas e reféns deixaram a vila olímpica em direção ao aeroporto, onde um avião esperava o grupo na pista. Ao chegarem ao local, os terroristas perceberam que haviam caído em uma armadilha e que estavam cercados por tropas alemãs, um forte tiroteio se iniciou e todos os reféns foram mortos durante a ação, provavelmente por uma granada jogada por um terrorista no helicóptero onde eles estavam amarrados. Morreram também no conflito cinco terroristas e um policial alemão.

  • Guerra Fria e Jogos Olímpicos

Nos anos 70, a Guerra Fria era disputada em todos os lugares, inclusive nos tabuleiros de xadrez. Desde 1948, os soviéticos eram hegemônicos no torneio mundial. Em 1972, o norte-americano Bobby Fischer se sagrou campeão ao vencer o soviético Boris Spassky na final do torneio.

A vitória de Bobby Fischer foi utilizada como propaganda nos EUA, e o enxadrista se tornou uma personalidade no país, um verdadeiro herói de guerra. Nos anos 70, o Brasil teve o seu maior enxadrista, Mequinho. Ele chegou a empatar em um torneio com Bobby Fischer, e alcançou o terceiro lugar no ranking mundial de xadrez.

  • Primeiro 10 na ginástica olímpica

A Olimpíada de 1976 ocorreu em Montreal, no Canadá. Nela, brilhou pela primeira vez a ginasta romena Nadia Comaneci. Logo nos primeiros dias de competição, com apenas 14 anos, ela se tornou a primeira atleta da ginástica olímpica a conseguir uma nota 10 em uma Olimpíada.

Ao terminar sua apresentação, o público ficou de olho no placar do ginásio, que apresentou a nota 1:00, deixando-o estarrecido. Instantes depois, os árbitros informaram que a nota correta era 10:0 e que o placar não havia sido projetado para registrar essa nota.

Nadia Comaneci, ginasta campeã olímpica nos anos 70.
O placar atrás de Nadia registrou a pontuação 1:00. A nota máxima, na verdade, era 10:0.[3]

O feito, até então inédito, foi repetido pela ginasta mais seis vezes nessa mesma Olimpíada.|1| Comaneci ainda disputou a Olimpíada de 1980, realizada em Moscou. Ela é considerada uma das maiores atletas da história do esporte.

→ Música nos anos 70

Quando pensamos em anos 70, logo nos lembramos das discotecas. Elas se popularizaram inicialmente em Nova Iorque, onde pessoas começaram a passar a noite em locais com pista de dança, bar, iluminação com laser e neon e que tocavam músicas gravadas. Esses espaços passaram a ser chamados nos anos 70 de danceterias ou discotecas.

Também se tornaram populares no período novas bandas do chamado rock progressivo, como Pink Floyd, Genesis e Rush. O hard rock também era popular, com bandas como Deep Purple, Led Zeppelin, Kiss e Aerosmith, assim como o punk.

No Brasil, fizeram sucesso, nos anos 70, artistas como:

  • Tim Maia;

  • Clara Nunes;

  • Raul Seixas;

  • Guilherme Arantes;

  • Roberto Carlos;

  • Elis Regina;

  • Erasmo Carlos;

  • Chico Buarque;

  • Gilberto Gil;

  • Caetano Veloso.

Algumas músicas brasileiras de sucesso|2| dos anos 70 foram:

  • Azul da cor do mar (Tim Maia, 1970);

  • Ê baiana (Clara Nunes, 1971);

  • Detalhes (Roberto Carlos, 1971);

  • A flor e o espinho (Nelson Cavaquinho, 1973);

  • Metamorfose ambulante (Raul Seixas, 1973);

  • Juventude transviada (Luiz Melodia, 1975);

  • Moro onde não mora ninguém (Agepê, 1975);

  • Meu mundo e mais nada (Guilherme Arantes, 1976);

  • Amigo (Roberto Carlos, 1977);

  • Cálice (Chico Buarque, 1978);

  • O bêbado e o equilibrista (Elis Regina, 1979).

→ Avanços da ciência e tecnologia nos anos 70

Primeiro walkman, lançado nos anos 70 pela Sony.
O walkman TPS-L2, lançado pela Sony em 1979, foi o primeiro dispositivo pessoal feito para ouvir músicas.[4]

Foi nos anos 70 que a informática começou a se popularizar. Em 1971 foi lançado, pela Intel, o primeiro microprocessador produzido em larga escala, o Intel 4004. O desenvolvimento dos microprocessadores foi fundamental para acelerar a capacidade de processamento de dados dos computadores e pelo barateamento da produção deles.

Ainda em 1971, o primeiro e-mail da história foi enviado por Ray Tomlinson. Este criou um aplicativo de troca de mensagens pela arpanet, chamada atualmente de internet, para se comunicar com seus colegas de trabalho.

No ano de 1972, foi lançado o primeiro jogo eletrônico comercial, o Pong, da Atari. O videogame no estilo arcade fez grande sucesso, e, aproveitando-se disso, a Atari lançou uma versão caseira do Pong, considerada o primeiro console de videogame.

O floppy disk, chamado popularmente no Brasil de disquete, foi lançado pela IBM em 1972, com capacidade de armazenamento de dados inicial de 80 Kbytes e chegando a 1,44 Mb na década de 1980. Ele foi largamente utilizado até a década de 1990.

Ainda em 1972, foi desenvolvido, pela Philips, o primeiro videocassete. Antes dele, as pessoas deveriam ir ao cinema ou assistir aos filmes que os canais de televisão transmitiam. Com a popularização dos videocassetes, também se popularizaram as locadoras de fitas. Essa foi a primeira vez na história que as pessoas podiam assistir aos filmes em suas casas, no horário que quisessem e quantas vezes quisessem.

A Sony lançou o TPS-L2 em 1979, o primeiro dispositivo pessoal para ouvir músicas, o walkman. O aparelho tocava fitas cassete e permitia que a pessoa ouvisse suas músicas preferidas quando e onde quisesse. O dispositivo se popularizou rapidamente e diversas empresas passaram a fabricar aparelhos similares e mais baratos que os modelos da Sony.

Os computadores pessoais revolucionaram a forma do ser humano viver. O protótipo do Apple I, lançado em 1976, é considerado por muitos o primeiro computador pessoal.

Computador Apple I, tecnologia dos anos 70, dentro de uma maleta.
Computador apple I, de 1976.[5]
  • Marcos espaciais dos anos 70

Na área espacial, os anos 70 marcam o fim da primeira exploração da Lua com a Missão Apollo 17, a última missão tripulada a pousar no satélite. Ela ocorreu em dezembro de 1972. Outro marco da década de 70 foi o lançamento das sondas Voyager I e Voyager II, ambas lançadas em 1977.

Atualmente elas são os objetos humanos mais distantes do nosso planeta. Elas passaram por Júpiter, Saturno, Urano e Netuno e fotografaram diversas luas desses planetas. Atualmente estão saindo do Sistema Solar e entrarão em breve no espaço interestelar. Ainda hoje elas transmitem dados para a Terra e produzem a própria energia elétrica com o pouco de luz que ainda recebem do Sol.

Em julho de 2023, um funcionário enviou dados errados para a Voyager 2 e a sonda virou sua antena para uma direção que não conseguia se comunicar com a Terra. Os engenheiros da Nasa conseguiram recuperar o controle da sonda semanas depois.

Notas

|1|ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA. Nadia Comaneci. Artes e Cultura: Enciclopédia Britânica, 10 nov. 2023. Disponível em: https://www.britannica.com/biography/Nadia-Comaneci

|2|SPOTIFY. Anos 70: mais tocadas no Brasil (1970-1979). Spotify (playlist). Disponível em: https://open.spotify.com/playlist/5h1V0UmYZA7gRI7OEABRs7

Créditos das imagens

[1] Acervo Arquivo Nacional/ Wikimedia Commons

[2] Helena 11/ Shutterstock

[3] meunierd/ Shutterstok

[4] Wikimedia Commons

[5] Wikimedia Commons

Fontes

GADDIS, John Lewis. A Guerra Fria. Edições 70, São Paulo, 2021.

NAPOLITANO, Marcos. 1964: história do regime militar brasileiro. Editora Contexto, São Paulo, 2014.

 

Por Jair Messias Ferreira Junior