A micro-história é uma metodologia da ciência histórica que leva em consideração fontes e narrativas alternativas, isto é, considera não apenas as mudanças macroeconômicas e políticas que determinam fatos e épocas, mas também aspectos do cotidiano, subjetividades, representações e linguagens que constituíram o fazer de um determinado período.
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Resumo sobre micro-história
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A micro-história é uma metodologia da ciência histórica que surgiu como resultado da mudança de perspectiva historiográfica.
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O surgimento da micro-história foi importante porque trouxe à tona novas narrativas para além da História Geral baseadas em grandes narrativas e de longa duração.
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A micro-história se diferencia da macro-história pois a perspectiva e as fontes observadas não são as mesmas.
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Enquanto a micro-história valoriza questões sociais e culturais, a macro-história prende-se a grandes fatos e mudanças estruturais.
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A micro-história no Brasil foi fundamental para revelar aspectos do cotidiano brasileiro, especialmente nos estudos do Brasil Colônia, fazendo emergir os excluídos da História, a religiosidade e a representatividade.
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A origem da micro-história foi na década de 1980, na Itália, pelas obras de Giovani Levi e Carlo Ginzburg, principalmente.
Importância da micro-história
A micro-história foi considerada um avanço na historiografia tradicional, que se ocupava em narrativas de longa duração, com marcos bastante definidos de tempo. Com a micro-história, passou-se a valorizar mais outros tipos de fontes, não deixando de lado questões estruturais, mas articulando as questões micro com o contexto geral. Assim, várias percepções sobre cotidiano e os chamados “excluídos da História” vieram à tona, e descobertas nessa área do conhecimento foram feitas.
Diferenças entre macro-história e micro-história
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Macro-história: a História era desenvolvida e ensinada através dos grandes feitos e das grandes narrativas, com documentações oficiais de governos e Igreja, não revelando, assim, as subjetividades e diferenças de pontos de vista na História. É também chamada de História Geral.
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Micro-história: a História passou a ser desenvolvida e ensinada levando em conta não só as transformações político-econômicas da macro-história, mas também os aspectos sociais e culturais do contexto. Surgiu quando Ginzburg e Levi lançaram a coleção Microstorie, na década de 1980.
Micro-história no Brasil
Desde a década de 1980, a micro-história tem influenciado diversos autores e autoras da História. No Brasil, destaca-se a obra e Laura de Mello e Souza O Diabo e a Terra de Santa Cruz, fundamental para a compreensão do Brasil Colônia para além das documentações sobre Inquisição oficiais. Nela, a autora revela a religiosidade dos sujeitos que aqui residiam, na América portuguesa.
Vários são os historiadores e historiadoras no Brasil que vêm trabalhando nessa perspectiva desde então, tanto academicamente como em sala de aula e livros didáticos. As narrativas passaram a levar em conta também as mentalidades, representatividades e representações e linguagens.
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Origem da micro-história
A micro-história passou a ganhar grande notoriedade entre os anos 1981 e 1988, quando os historiadores italianos Carlo Ginzburg e Giovanni Levi publicaram a coleção Microstorie, em que nomeavam e difundiam metodologia diferente e contraposta àquela da História Geral. Desde então, a micro-história tem ganhado cada vez mais adeptos, despontando novas narrativas que não aquelas de longa duração, dentro do amplo espectro da História Cultural.
Fontes
CARDOSO, Vitor Hugo Bastos. Experimentando o particular: a micro-história no fazer historiográfico brasileiro. Esboços, Vitória, v. 16, n. 22, 2010, p. 269-271. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/esbocos/article/view/2175-7976.2010v17n23p269.
FORDE, Gustavo Henrique Araújo; PINTO, Luiz Antonio Gomes. Usos da micro-história na historiografia dos momentos sociais na/da educação brasileira. Revista Ágora, n 18, 2013, p. 92-112. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/agora/article/download/7095/5200/16086.
GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes. Cia das Letras, 1987.
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