O Período Clássico foi uma fase da história da Grécia Antiga que se iniciou no século VI a.C. e se estendeu até o século IV a.C. Foi marcado pelo domínio grego sobre o mundo antigo e o desenvolvimento das cidades-estados, em especial Atenas e Esparta. Encerrou-se no final da Guerra do Peloponeso, quando Esparta derrotou Atenas, mas não teve forças para efetivar seu domínio sobre a Grécia Antiga, facilitando a invasão dos macedônicos, liderada por Alexandre, o Grande.
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Resumo sobre o Período Clássico
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Correspondeu aos séculos VI a.C. e IV a.C. da história da Grécia, sendo apogeu do desenvolvimento grego.
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As cidades-estados que mais se destacaram foram Atenas e Esparta.
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Os principais conflitos desse período foram as Guerras Médicas e a Guerra do Peloponeso.
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As Guerras Médicas foram conflitos entre gregos e persas pelo domínio do mundo antigo e foram vencidas pelos gregos.
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A Guerra do Peloponeso foi a disputa entre as cidades-estados de Atenas e Esparta sobre a Grécia e foi vencida por Esparta, mas a hegemonia não durou muito e a região foi invadida pelo Império Macedônico.
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A política do Período Clássico se caracterizou pelo surgimento da democracia e pelo poder de decisão nas mãos dos cidadãos (que contemplava todas as pessoas).
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A sociedade do Período Clássico se caracterizava pelas reformas sociais que visavam à igualdade de todos perante a lei, além da ascensão dos comerciantes.
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A cultura do Período Clássico atingiu seu apogeu por meio de produções artísticas que valorizavam as habilidades humanas e homenageavam os deuses, além do surgimento da filosofia e da valorização do pensamento racional.
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A arte do Período Clássico dava-se principalmente pela arquitetura e pelas pinturas gregas.
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Na filosofia clássica, houve uma ruptura com a mitologia, e seus principais nomes foram Sócrates, Platão e Aristóteles.
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Contexto histórico do Período Clássico
O Período Clássico foi um dos mais importantes da história da Grécia e se deu entre os séculos VI a.C. e IV a.C., quando os gregos derrotaram os persas nas Guerras Médicas. Essa vitória abriu o caminho da Grécia para dominar o mar Mediterrâneo e enriquecer por meio do comércio marítimo. Além disso, o domínio sobre esse mar fez com que os gregos expandissem suas colônias para outras regiões, como a península Ibérica e o norte da África.
Houve o desenvolvimento das cidades-estados, e duas se destacaram: Atenas e Esparta. A primeira se caracterizou pelo comércio marítimo e pela cultura, abrindo espaço para a filosofia e a arte. Já a segunda se caracterizou pela agricultura e o militarismo, o que fortaleceu seu exército e ampliou seu domínio sobre a península do Peloponeso.
Esse período foi marcado pelo apogeu do desenvolvimento da Grécia Antiga. Os gregos organizaram temidos exércitos que derrotaram seus inimigos em batalhas ocorridas no mar. Por conta disso, com o uso das trirremes (barcos de guerra com uma ponta pontiaguda que perfurava os barcos inimigos), os gregos dominaram o mar Mediterrâneo e se tornaram a civilização que dominou o mundo antigo.
Se, por um lado, a vitória grega em uma guerra iniciou o período mais próspero da história grega, por outro, a derrota dos atenienses para os espartanos na Guerra do Peloponeso selou o fim do Período Clássico, abrindo caminho para a decadência grega.
Conflitos do Período Clássico
As civilizações da Antiguidade investiram em tropas militares para se defenderem de ameaças externas e atacar territórios inimigos. O mar Mediterrâneo e outros mares menores ao seu redor se tornaram palcos de épicas batalhas entre os povos antigos, que ambicionavam a conquista do mundo conhecido. Além das questões bélicas, a hegemonia sobre o Mediterrâneo trazia vantagens econômicas, pois o comércio marítimo era a atividade mais lucrativa daquele período.
Os intensos conflitos fizeram que os gregos se precavessem de possíveis ataques inimigos e organizassem ligas militares para que unissem forças caso uma nova guerra ocorresse. Atenas e Esparta, as duas principais cidades-estados gregas, fizeram duas alianças com as demais cidades aliadas.
Os atenienses compuseram a Liga de Delos, cujos integrantes receberiam a proteção de Atenas caso estivessem em guerra. Em troca, essas cidades enviavam dinheiro e mantimentos. Os espartanos criaram a Liga do Peloponeso, para contrapor a influência ateniense sobre a Grécia Antiga.
→ Guerras Médicas
As Guerras Médicas foram as batalhas envolvendo Grécia e Pérsia entre 490 a.C. e 470 a.C. O nome do conflito se refere a medos, como os gregos chamavam os persas. O Império Persa estava em plena expansão durante o século V a.C. e já ameaçava as colônias gregas instaladas às margens do mar Egeu.
Foi uma guerra que exigiu imenso esforço dos dois povos, e os gregos se tornaram vencedores. As trirremes foram as principais armas da Grécia. Eram barcos cuja ponta do seu casco possuía uma pontiaguda lança que tinha o poder de destruir barcos inimigos. Para que o barco deslizasse sobre o mar, os gregos contavam com a força física de soldados, que se mantinham em constante treinamento para serem ágeis enquanto estivessem dentro das trirremes.
Temendo um novo conflito com os persas, os gregos, além de investirem no seu exército, organizaram ligas militares para conter invasões inimigas.
→ Guerra do Peloponeso
O Período Clássico se caracterizou pela disputa, por Atenas e Esparta, pelo domínio sobre a Grécia. Ambas tinham características distintas. Enquanto os atenienses estavam próximos ao litoral, lucrando com o comércio marítimo, investindo em cultura e arte, os espartanos se isolaram na península do Peloponeso, colhendo sua produção agrícola, treinando seus soldados desde a tenra infância. Apesar dessas diferenças, as duas cidades tinham como objetivo conquistar o total poder grego.
A rivalidade entre atenienses e espartanos resultou na Guerra do Peloponeso, um conflito que durou 27 anos, entre 431 a.C. e 404 a.C. As duas maiores alianças militares do mundo antigo estavam em lados opostos da mesma guerra, o que demonstra as difíceis batalhas travadas pelos dois povos. Apesar de alguns anos de trégua, a Guerra do Peloponeso foi marcada por um duro embate entre as principais cidades-estados da Grécia Antiga.
Os espartanos levaram a melhor e se tornaram a cidade-estado dominante na Grécia, mas não por muito tempo. A democracia, principal herança ateniense, foi substituída por governos autoritários. Esparta não conseguiu manter sua hegemonia, o que facilitou a invasão do Império Macedônico, comandado por Alexandre, o Grande. O encerramento do Período Clássico foi marcado pela derrota militar do mundo grego e a mistura de sua cultura com outros povos.
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Principais características do Período Clássico
O Período Clássico, de modo geral, foi marcado pelo apogeu da Grécia Antiga sobre os demais povos da Antiguidade bem como pelo pleno desenvolvimento de Esparta e Atenas, que se tornaram referências para as demais cidades gregas. No final desse período, elas entraram em conflito entre si, o que colocou fim no período hegemônico da Grécia Antiga.
→ Política do Período Clássico
Na política, a principal característica do Período Clássico foi o surgimento da democracia em Atenas. A ágora, praça pública, se tornou local de debates entre os cidadãos atenienses que desejavam colaborar nas decisões do governo. Nem todo mundo poderia ser um cidadão. Mulheres, escravizados e estrangeiros estavam excluídos da cidadania ateniense.
Esse modelo de governo foi levado para outras regiões gregas dominadas por Atenas e só se dissolveu após a vitória de Esparta sobre Atenas na Guerra do Peloponeso. Uma das heranças mais conhecidas do Período Clássico grego para os dias de hoje é a democracia, e a cidadania, ao contrário do período antigo, passou a contemplar todos os habitantes de uma nação.
→ Sociedade do Período Clássico
A sociedade grega do Período Clássico foi caracterizada pela ascensão dos comerciantes, que começaram a disputar o poder com a aristocracia agrária. As reformas sociais modificaram algumas leis que garantiram a isonomia, ou seja, a igualdade de todos os gregos perante a lei.
→ Cultura do Período Clássico
Um dos principais legados da Grécia Antiga para a atualidade foi a cultura. A produção cultural grega até hoje influencia o pensamento e a arte do Ocidente. As narrativas sobre a origem do mundo e dos homens deram início a esse período histórico. Os gregos se destacaram na cultura, e suas heranças culturais foram retomadas um milênio depois, no renascimento cultural.
Ocorreu o surgimento da filosofia em Atenas, no século IV a.C., ao romper-se com o pensamento mítico predominante até então. Os filósofos começaram a estudar a natureza com base na razão, compreendendo os fenômenos naturais por meio dos cálculos e medidas.
Sócrates e seus sucessores, Platão e Aristóteles, trouxeram para o debate filosófico questões humanas, como o conhecimento e a vida em sociedade. Durante a Idade Média, os filósofos cristãos se basearam na contribuição dos gregos para elaborarem a doutrina católica.
Com base em observações, os gregos aperfeiçoaram as ciências já desenvolvidas pelos povos da Antiguidade Oriental, como Egito e Mesopotâmia. Além dessa contribuição, eles registraram para a posteridade os cálculos e fórmulas matemáticas com base nas observações sobre a natureza. Pitágoras e Arquimedes foram os principais filósofos da natureza.
→ Arte do Período Clássico
As principais características da arte grega se deram na arquitetura. Os templos religiosos eram construídos para os ritos dedicados aos deuses e, por isso, eram feitos valorizando-se a beleza e a grandeza.
Além disso, a pintura grega destacava os feitos dos seus povos bem como a rotina vivida por eles e se tornou importante fonte histórica para o estudo da Grécia Antiga.
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Filosofia clássica
A Grécia Antiga, mais especificamente Atenas, foi o berço da filosofia ocidental. A ruptura com a mitologia propiciou a abertura de espaço para que o pensamento racional se desenvolvesse e se tornasse o mais importante.
Já não bastava mais a explicação sobre os deuses por meio de relatos sem nenhuma comprovação ou explicação lógica. Os fenômenos naturais começaram a ser explorados e explicados por meio de números, cálculos e fórmulas matemáticas.
O desenvolvimento de Atenas e o apogeu da sua democracia ampliaram o raio de atuação dos filósofos. Com isso, surgiram os sofistas, que colaboravam na prática retórica de quem falava em público.
Sócrates criticou esse método por não primar pela verdade, mas sim pela forma externa. Outros filósofos, como Platão e Aristóteles, também desenvolveram reflexões sobre a melhor forma de se administrar uma cidade.
Exercícios resolvidos sobre o Período Clássico
Questão 1
(Uepa) “No tempo de Péricles (461-429 a.C), o comparecimento à assembleia soberana era aberto a todo o cidadão. A assembleia era um comício ao ar livre que reunia centenas de atenienses do sexo masculino, com idade superior a 18 anos. Todos os que compareciam tinham direito de fazer uso da palavra. As decisões da assembleia representavam a palavra final na guerra e na paz, nos tratados, nas finanças, nas legislações, nas obras públicas, no julgamento dos casos mais importantes, na eleição de administradores, enfim na totalidade das atividades governamentais.”
(BRAICK, Patrícia Ramos e MOTA, Myriam Becho. História: Das cavernas ao terceiro milênio, 2ª Edição. São Paulo: Editora Moderna, 2010. p. 102).
Com base nesta informação, conclui-se que, em Atenas, no período de Péricles:
A) a democracia se consolidou e atingiu sua plenitude por meio de princípios como o da isonomia, isocracia e isegoria, que se definiu como a igualdade de direito ao acesso à palavra na assembleia soberana.
B) a cidadania ateniense fundamentava-se na igualdade de gênero, garantindo aos cidadãos o pleno direito à palavra independente de sexo, impondo como limite a idade de dezoito anos.
C) a relação de poder entre funcionários do Estado e a elite política ateniense assegurava a manutenção de um regime de governo aristocrático no qual somente os homens exerciam o direito de cidadania.
D) os cidadãos atenienses eram guiados por uma burocracia estatal que impediu o rodízio dos cargos administrativos, de modo que a liderança direta e pessoal era exercida por uma minoria de homens jovens.
E) a concentração da autoridade na assembleia possibilitou a criação de um regime de governo baseado no poder pessoal, institucionalizando a oratória como competência mais importante para o exercício da política nos tempos de Péricles.
Resolução:
Alternativa A
A democracia ateniense se caracterizou pela participação do cidadão nas decisões do governo, levando-se em consideração a igualdade perante a lei.
Questão 2
(Uece) A respeito da Liga de Delos, que seria a base do imperialismo ateniense, podemos dizer corretamente:
A) decorreu da aliança de cidades gregas e persas contra, a expansão macedônica.
B) pretendia libertar algumas cidades gregas, lideradas pela cidade de Delos, da dominação espartana.
C) surgiu de um processo de sujeição ou de domínio exercido por Atenas sobre as demais cidades da Liga.
D) definia-se, de início, como uma aliança militar, que previa autonomia para seus participantes, reservando à Atenas o comando das operações.
E) mesmo sendo liderada por Atenas, Esparta apresenta grande influência sobre ela.
Resolução:
Alternativa D
A Liga de Delos foi uma aliança militar entre Atenas e demais cidades-estados na qual os atenienses seriam os líderes em caso de guerra, devendo proteger seus aliados.
