Revolução Iraniana
A Revolução Iraniana derrubou a monarquia exercida pelo xá Muhammed Pahlavi para dar lugar a uma república teocrática xiita governada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini.
Por Cassio Remus de Paula
![Representação da Revolução Iraniana em nota de dinheiro de 1983.[1] Representação da Revolução Iraniana em nota de dinheiro de 1983.[1]](https://static.historiadomundo.com.br/2025/02/representacao-da-revolucao-iraniana-em-nota-de-dinheiro-de-19831.jpg)
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A Revolução Iraniana foi uma manifestação popular que levou o Irã, no Oriente Médio, a se tornar um país teocrático islâmico sob o governo do aiatolá Ruhollah Khomeini. Esse movimento rompeu com uma longa monarquia exercida pelo xá Mohammad Reza Pahlavi, de caráter autoritário, marcado pela violência, fome e desigualdade social. Além do descaso pela população iraniana, o governo também acendeu a revolta devido ao seu caráter secularista, neoliberalista e ocidentalista, cuja influência era defendida por países capitalistas com interesses no petróleo do local.
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Resumo sobre a Revolução Iraniana
- A Revolução Iraniana, ocorrida entre 1978 e 1979, tinha como objetivo o fim da monarquia autocrática exercida pelo xá Mohammad Reza Pahlavi para dar lugar a um Estado de cunho republicano e teocrático islâmico.
- O Irã, desde 1953, vivia sob uma ditadura incentivada por países do Ocidente com interesses na indústria petrolífera da região, representados principalmente por Estados Unidos e Inglaterra.
- O aumento do descontentamento popular foi incentivado por fatores como a autoridade repressiva do xá, a repressão da polícia secreta SAVAK, a desigualdade social, as crises econômicas e a postura secular do governo.
- Entre os eventos violentos que incentivaram a revolução, incluem-se o incêndio no Cinema Rex e o assassinato de manifestantes religiosos.
- Após a revolução, o Irã se tornou uma república teocrática sob Khomeini, que implementou um regime autoritário com severas violações dos direitos humanos e repressão a opositores.
O que foi a Revolução Iraniana?
A Revolução Iraniana, também conhecida como Revolução Islâmica, foi um movimento de manifestações populares que ocorreu no Irã, país do Oriente Médio, entre 1978 e 1979 (conhecido também como Pérsia pelo mundo ocidental até 1934, ano em que a renomeação deu sentido à forma como os seus residentes já chamavam o país). O objetivo da revolução era destituir o poder da monarquia autocrática, centralizada na figura do xá (rei, para os iranianos) Mohammad Reza Pahlavi e inserir o aiatolá Ruhollah Khoemini na liderança.
De acordo com o historiador do islamismo Bernard Lewis, “o objetivo da Revolução Islâmica no Irã [...] era varrer todos os acréscimos estranhos e infiéis que haviam sido impostos às terras e povos muçulmanos na era da dominação e influência dos estrangeiros e restabelecer a verdadeira e divinamente relevada ordem islâmica”[1]. Paralelamente, no entanto, o modelo revolucionário liderado por Khomeini lembrava muito aos dos palcos europeus, a exemplo da Revolução Francesa: execuções sumárias, confiscos de propriedades, exílios em massa, violência e repressão tomaram as ruas do Irã. Ao início de 1979, Pahlavi buscou exílio no Egito, onde morreu um ano depois em decorrência de um câncer. No Irã, consequentemente, o aiatolá Khomeini assumiu a liderança do país.
Contexto histórico da Revolução Iraniana
Diversos fatores levaram ao movimento contra o rei, que governava o país desde 1942. Um golpe de Estado apoiado por Estados Unidos, Israel e Inglaterra (esta, detentora da companhia Anglo-Persian Oil Company, que extraía petróleo iraniano desde 1908), realizado em 1953, prolongou o poder de Pahlavi – o motivo era a “ameaça” que o primeiro-ministro progressista da época, Mohammad Mossadegh, trazia aos interesses internacionais, principalmente após o seu decreto de uma política de nacionalização das indústrias petrolíferas locais.

Contrário às manobras nacionalistas de Mossadeq, Pahlavi incentivou a entrada de capital estrangeiro no país sob o pretexto de modernizar o Irã e, com isso, transformá-lo em uma potência mundial. Desde o golpe, a postura do xá mostrou-se autoritária, utilizando da violência de sua polícia secreta, a SAVAK, para torturar e assassinar opositores; ampliou as políticas externas e passou a reformar o Irã em um país aos moldes ocidentais, em um processo que ficou conhecido como Revolução Branca.
Com isso, consequentemente, o Irã se tornou um forte parceiro econômico dos Estados Unidos, apesar de adotar também políticas contraditórias a seu perfil neoliberal, como a reforma agrária e a nacionalização de terras e empresas; também permitiu, a partir da década de 1960, que as mulheres tivessem direito ao voto, algo que lhes era vetado até então. Suas políticas contraditórias, invariavelmente, repercutiram na desaprovação de todas as camadas sociais iranianas.
Paralelamente, Pahlavi também adotou uma postura secular, ou seja, passou a diminuir cada vez mais a valorização das tradições religiosas no país, fundamentado pelo islamismo desde as primeiras incursões árabes, no século VII. Essa postura passou a levar o xá por um processo de descontentamento e reprovação de grande parte dos praticantes religiosos, principalmente após a repercussão das críticas feitas pelo aiatolá (o mais alto cargo religioso entre os xiitas) Ruhollah Khoemini ao governo de Pahlavi.
Ele prometia que, se exercesse o poder no lugar do xá, tornaria o Irã um país livre e tolerante. A figura messiânica de Khoemini foi reforçada quando suas críticas o levaram ao exílio em 1964, passando pela Turquia, Iraque e França, onde continuou exercendo a militância contra o governo de Pahlavi.
No contexto econômico, as políticas neoliberais de Pahlavi levaram ao encarecimento do petróleo, além de uma crise alimentícia. Em contrapartida, o xá comemorava os 2.500 anos da fundação do Império Persa ostensivamente, investindo 300 milhões de dólares na festa de três dias que concedia diversões à mais alta classe do Irã e seus ricos parceiros internacionais.
Enquanto isso, os protestos do exilado Khoemini repercutiam pelo Irã, onde os mujahideen (guerrilheiros de Alá) passaram a combater as forças do xá diretamente, inspirados também pela Organização para a Liberação da Palestina (OLP) no Líbano, que naquele momento guerreava contra Israel.
Para abafar as revoltas, o governo dos Estados Unidos cedeu 12 bilhões de dólares às forças repressoras de Pahlavi, representadas por um exército bem armado de meio milhão de combatentes. A década de 1970 foi marcada por uma guerra civil que significou também uma das primeiras, senão a primeira, revolução televisionada pelo mundo.

Irã antes da Revolução Iraniana
O Irã, antes da revolução, era um país marcado pelo regime autoritário do xá Mohammad Reza Pahlavi, que por sua vez era apoiado por países ocidentais com interesses no petróleo iraniano. A sua política antinacionalista era contrastada pela aproximação de investimentos internacionais, aplicados principalmente por países neoliberais como a Inglaterra e os Estados Unidos.
No entanto, o caráter ocidentalista do governo do xá não desagradava apenas as camadas mais pobres do país, já que políticas contraditórias com o seu perfil, como a reforma agrária e a nacionalização parcial da indústria petrolífera, suscitaram também na desaprovação das elites iranianas. O seu desincentivo às práticas religiosas tradicionais da cultura islâmica também gerou descontentamento entre os conservadores praticantes.
No âmbito social, a estratificação se tornava cada vez mais evidente, ao passo que uma emergente elite fundamentada na indústria do petróleo contrastava com uma massa popular predominantemente pobre, muitas vezes assolada pela fome e o desemprego. A elevação social da já consolidada elite se tornou nítida quando, no ano de 1973, o barril de petróleo passou a custar de 2 a 40 dólares.
No entanto, é possível que o maior contraste entre os governos do xá e do aiatolá tenha sido sentido pela população feminina do Irã. Antes da revolução, além de terem obtido o direito ao voto no ano de 1963, algumas mulheres ocupavam cargos importantes da sociedade, como ministras e juízas; ao contrário do contexto pós-revolução, elas possuíam relativa liberdade, como a possibilidade de se vestirem como desejassem – posteriormente, o uso do véu passou a ser obrigatório.
É essencial apontar que nessa época as mulheres também sofriam preconceito da sociedade tradicional, conservadora e patriarcal, enraizada no país. A diferença é que, ao passo que adquiriam participação política, havia um sentimento de revolta que era comum entre grande parte da população feminina.
Queda do xá da Pérsia
Uma série de acontecimentos violentos, ocorrida ao final da década de 1970, levou o xá Pahlavi à sua inevitável queda.
Em 1978, um incêndio matou mais de 400 pessoas que assistiam ao filme O Alce no Cinema Rex, na cidade iraniana de Abadã. A obra, que era vista como uma crítica à autoridade iraniana, bem como o cinema em si, suspeito de ser palco de encontros revolucionários, levantou suspeitas contra a polícia do xá, a SAVAK. Apesar de a autoria da tragédia nunca ter sido realmente revelada, o fato é que o incêndio alimentou a revolta da população islâmica.

O descontentamento civil chegou a seu estopim quando, em 8 setembro de 1978, policiais do governo iraniano abriram fogo contra um grupo de manifestantes religiosos na capital do país, Teerã, matando aproximadamente 100 pessoas. O Irã passava por uma lei marcial promulgada pelo xá Pahlavi e marcou, nessa data, o que ficou conhecido como Sexta-Feira Negra.
Até o início de 1979, a população e a polícia se confrontaram abertamente nas ruas do país, especialmente na capital. Em janeiro, Pahlavi anunciou que viajaria em férias, sugerindo seu exílio e abandono do poder. Pouco depois, as forças armadas iraquianas declararam neutralidade perante a revolução, abrindo as portas para Khomeini e seus guerrilheiros.
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Quais as causas da Revolução Iraniana?
Conforme vimos até agora, a Revolução Iraniana ocorreu devido a uma série de fatores sociais, econômicos, políticos e religiosos, marcados por uma violenta disputa pelo poder do governo.
Os primeiros motivos de revolta surgiram principalmente quando do golpe de Estado executado em 1953 pelo xá, que teoricamente deveria estar encerrando o seu mandato. Doravante, o ditador passou a utilizar de constante violência de sua polícia secreta, a SAVAK, que passou a perseguir, aprisionar, torturar e matar os opositores de seu governo.
Igualmente impactante para a população iraniana foram a desigualdade social e as crises econômicas, oriundas do processo forçado de modernização do país; os alimentos, o combustível e a falta de serviços básicos, impactados principalmente pelo déficit de analfabetização, tornaram-se um contraste social bastante evidente quando da supérflua comemoração dos 2.500 anos do Império Persa.
Nesse contexto, o aiatolá Ruhollah Khomeini emergiu como uma figura carismática que criticava o governo e prometia um Irã mais livre e tolerante. Os protestos começaram a ganhar força com o apoio de diferentes grupos sociais, incluindo os mujahideen, que se opuseram diretamente ao regime.
Após eventos violentamente trágicos, como o incêndio no Cinema Rex em 1978 e o assassinato em massa de manifestantes em setembro do mesmo ano (citados no tópico anterior), o descontentamento resultou em manifestações que levaram à deposição do xá e à consolidação de um governo comandado pelo aiatolá.
Como foi a Revolução Iraniana?
A Revolução Iraniana ocorreu de maneira violenta, por meio de uma guerra civil entre manifestantes antimonarquistas e as forças oficiais do governo do xá. Do lado dos opositores, liderava o aiatolá Ruhollah Khomeini, que coordenou seus manifestantes enquanto exilado, por último, na França; o defensor do governo, Mohammed Reza Pahlavi, era um ditador apoiado por países com interesses sobre o petróleo do país, como a Inglaterra e os Estados Unidos.
Essa guerra civil, apenas entre o final de 1978 e o início de 1979, causou entre 2 mil e 3 mil mortes. Diante da forte oposição dos manifestantes, o xá se retirou do governo em janeiro, sob o pretexto de “férias” com a família, enquanto procurou manter um frágil sistema regencial em seu lugar. Em fevereiro, as forças armadas renunciaram às defesas do governo, conforme mais de um milhão de manifestantes ocupou as ruas da capital, Teerã. Em 11 de fevereiro, a revolução chegava ao fim e o aiatolá Ruhollah Khomeini passava a tomar o poder, que exerceu até a sua morte, dez anos depois.
Quais as consequências da Revolução Iraniana?
Após a revolução, o Irã não encontrou a liberdade, paz e tolerância outrora prometidos pelo aiatolá; pelo contrário, foi tomado por um intenso período de violência, tanto interna quanto externa. Apesar de romper com as influências ocidentais, bem como a consolidação de monopólios e o desperdício de recursos – práticas comuns nos países capitalistas –, o poder político passou a ser fundamentado por um rigoroso sistema teocrático xiita.
Agora uma república fundamentalista islâmica, seu líder Ruhollah Khomeini se mostrou bastante autoritário – estima-se que, por meio de uma investigação da ONU, cerca de 20 mil pessoas tenham sido assassinadas, sem julgamento prévio, durante o seu governo, além de massivos números de prisões e torturas. Apesar de o voto feminino não ter sido revogado, o uso do véu voltou a ser obrigatório – uma prática que se tornara optativa em 1936.
Na verdade, uma grande parcela dos revolucionários se sentiu frustrada com a direção que o governo do aiatolá tomou; liberdades sociais, dificuldades econômicas e violações dos direitos humanos levaram essa parcela da sociedade a questionar a sua participação na luta contra um governo que se fundamentava nesses mesmos defeitos. Muitos dos que apoiaram Ruhollah, inclusive, tiveram suas funções revogadas sob qualquer sinal de protesto; alguns optaram pelo exílio.
No ano de 1980, temeroso com a revolução – mas, ao mesmo tempo, interessado no petróleo da região iraniana de Khuzestan –, o Iraque, liderado por Saddam Hussein, declarou guerra ao Irã. Além disso, o perfil religioso de ambos os países era heterogêneo, apesar de baseados nos princípios do Islã – enquanto governo do Irã era xiita, o líder iraquiano era sunita, algo que facilitou o pretexto iraquiano para invadir o país vizinho. A guerra só teve fim em 1988, sob intervenção da ONU, mas os resultados foram catastróficos: entre 1 e 1,5 milhão de pessoas morreram no conflito.
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O que é aiatolá?
Do árabe ár āyatu-llāh, “aiatolá” significa “espelho de Deus”, ou mais exatamente um especialista nos assuntos de religião. Na prática, sua figura reflete a hierarquia máxima de iluminação espiritual entre os xiitas. O aiatolá Ruhollah Khomeini foi o primeiro dessa posição a assumir o governo de uma nação.
Irã na atualidade
O atual Irã, reconhecido oficialmente como República Islâmica do Irã, conta com uma população de quase 90 milhões de pessoas (cerca de 10% delas reside apenas em Teerã) e é o segundo maior país do Oriente Médio, seguido da Arábia Saudita. Sua população é multiétnica, entre a qual convivem loris, árabes, curdos, gilakis, mazandaranis, armênios etc.
A Constituição do país é a mesma promulgada em 1979 após a revolução, o que significa que o Irã ainda segue os fundamentos teocráticos xiitas. A liderança do Irã ainda é representada por um aiatolá, atualmente sob a chefia de Ali Khamenei. Mesmo assim, o país possui um presidente: após o fatal acidente de helicóptero do então presidente Ebrahim Raisi em 2024, o cargo é atualmente ocupado pelo reformista Masoud Pezeshkian, eleito no mesmo ano com 53,3% no segundo turno.
Sendo um dos países fundadores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o Irã é um dos maiores exportadores da indústria petrolífera. Apesar de exercer um perfil geralmente protecionista de economia e sofrer sanções exercidas por países ocidentais, algumas empresas privadas são permitidas dentro do país. No entanto, grande parte da sua população vive em estado de pobreza.
Recentemente, muitos protestaram contra o regime teocrático, principalmente após o assassinato da iraniana Mahsa Amini em 2022, de 22 anos, que foi golpeada mortalmente na cabeça pela Polícia da Moralidade após ser presa por não usar o véu. Desde então, como sinal de protesto, muitas mulheres têm abdicado ao uso do véu, principalmente as mais jovens, apesar da constante opressão policial.

Exercícios sobre Revolução Iraniana
1. Assinale a alternativa que melhor explica o motivo que induziu o povo iraniano a conduzir a revolução de 1979.
a) A consolidação de um governo teocrático sunita.
b) O estabelecimento uma monarquia absoluta.
c) A modernização do Irã aos moldes ocidentais.
d) O fim da monarquia autocrática pela instauração de uma república islâmica xiita.
e) A nacionalização da indústria petrolífera.
Resposta: d) O fim da monarquia autocrática pela instauração de uma república islâmica xiita. A monarquia exercida pelo xá Pahlavi, de caráter autoritário, era secular e neoliberal. Essas características passaram a revoltar a população iraniana, que passou a enfrentar crises de pobreza, fome, desemprego e analfabetismo, visando estabelecer um novo governo sob liderança do aiatolá Khomeini.
2. (UFGD, adapt.) Observe o fragmento abaixo, extraído da obra Persépolis (2007), e assinale a qual evento histórico ela se refere.
a) Revolução islâmica, ocorrida no Irã no final da década de 1970, que levou ao poder grupos fundamentalistas, os quais suprimiram direitos sociais, adotaram medidas sexistas e implementaram um regime político-social baseado no alcorão, o qual prevaleceu até o final do século XX.
b) Revolução islâmica, ocorrida no Irã no final da década de 1970, que levou ao poder grupos fundamentalistas, os quais suprimiram direitos sociais, adotaram medidas sexistas e implementaram um regime político-social baseado na fé cristã, o qual prevalece ainda no século XXI.
c) Revolução islâmica, ocorrida no Irã no final da década de 1960, que levou ao poder grupos fundamentalistas, os quais suprimiram direitos sociais, adotaram medidas sexistas e implementaram um regime político-social baseado no alcorão, o qual prevalece ainda no século XXI.
d) Revolução islâmica, ocorrida no Iraque no final da década de 1970, que levou ao poder grupos fundamentalistas, os quais suprimiram direitos sociais, adotaram medidas sexistas e implementaram um regime político-social baseado no alcorão, o qual prevalece ainda no século XXI.
e) Revolução islâmica, ocorrida no Irã no final da década de 1970, que levou ao poder grupos fundamentalistas, os quais suprimiram direitos sociais, adotaram medidas sexistas e implementaram um regime político-social baseado no alcorão, o qual prevalece ainda no século XXI.
Resposta: e) Revolução islâmica, ocorrida no Irã no final da década de 1970, que levou ao poder grupos fundamentalistas, os quais suprimiram direitos sociais, adotaram medidas sexistas e implementaram um regime político-social baseado no alcorão, o qual prevalece ainda no século XXI. Entre 1978 e 1979, o Irã viveu uma violenta guerra civil. De um lado, a população apoiada pelos mujahideen desejava a consolidação de uma república islâmica, enquanto do outro o xá defendia a sua posição por meio da repressão das Forças Armadas. Apesar de o povo ter vencido a disputa, o novo governo do aiatolá aprovou medidas violentas e repressoras contra a população iraniana, inclusive entre aqueles que lutaram sob promessa de um país livre, tolerante e justo.
Notas
|1| LEWIS, Bernard. O Oriente Médio: Do advento do cristianismo aos dias de hoje. Rio de Janeiro: Zahar, p.332, 1996.
Créditos da imagem
[1] Georgios Kollidas / Shutterstock
[2] Phil Pasquini / Shutterstock
Fontes
BBC NEWS BRASIL. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese.
BRITANNICA. Disponível em https://www.britannica.com.
COGGIOLA, Osvaldo. A Revolução Iraniana. São Paulo: Editora UNESP, 2008.
EMBAIXADA DA REPÚBLICA ISLÂMICA DO IRÃ. Disponível em https://brazil.mfa.gov.ir/pt/generalcategoryservices/11677/cultura-iraniana.
LEWIS, Bernard. O Oriente Médio: Do advento do cristianismo aos dias de hoje. Rio de Janeiro: Zahar, 1996.