Sociedade Inca - História da Sociedade Inca

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Com a chegada dos europeus chegaram doenças, e outras pestes do mundo antigo, como a ganância e o capitalismo. O império Inca era um socialismo, mas não um socialismo como se vê falar da Ex-URSS, era um socialismo que pensavam realmente em todos os cidadãos que existiam no império, eles tinham uma divisão de produção, de moradias e tudo mais que você possa imaginar. Havia divisões de terras, de alimentos de serviços, de riquezas, não sendo permitido o acumulo de bens desnecessários.

A forma de vida era muito equilibrada. Cada cidadão Inca tinha direito a um pedaço de terra para o cultivo de seu alimento, sendo que quanto mais integrantes havia em uma família mais desses pedaços de terra ele poderia ter. A ordem do cultivo do alimento vinha assim: as primeiras, terras a ser cultivadas eram dos necessitados, dos que não tinham como cultivar suas terras sozinhos, depois vinha a das mulheres e a dos aldeões, logo após vinha a dos sacerdotes, e a do Sapa (imperador), e, pôr último era semeada e cultivada a terra do Sol. Se por algum motivo um aldeão cultivasse a terra de um sacerdote pôr motivo de beneficiá-lo, o aldeão e o sacerdote eram punidos, pois eles sabiam que era obrigatório seguir a ordem, não pôr motivo de dever, mas para beneficiar primeiro quem precisa.

O casamento

A idade para o casamento era aos 20 anos para o menino e 16 para a menina. Quando chegavam a essa idade, eram dispostos em duas colunas e um funcionário os casava. A escolha entre eles já havia sido feita anteriormente cabendo ao funcionário apenas resolver conflitos em caso de uma mesma mulher ser escolhida por dois homens. Realizada a cerimônia, o casal recebia terras da comunidade a qual estavam ligados.
Se o procedimento desses casamentos não nos causa surpresa o mesmo não podemos dizer do processo pelo qual algumas mulheres eram escolhidas em uma comunidade para serem enviadas a Cuzco.

De tempos em tempos reuniam-se em um distrito todas as meninas de 10 anos sendo escolhidas as mais inteligentes e bonitas. Em seguida eram mandadas para Cuzco onde iam aprender cozinhar, tecer e outras prendas mais que consideravam necessárias. Depois de alguns anos, outra escolha definiria aquelas que seriam distribuídas como esposas secundárias (do Inca ou de nobres), e aquelas que deveriam permanecer em celibato.
O que é importante observar nesta política de casamentos é a criação de laços inter-étnicos, aproximando mulheres originárias de grupos étnicos diferentes do universo cuzquenho.

Danças

Qamili:
Uma dança praticada em grande escala, com vestimenta especial e originária das cidades de Maca e Cabanaconde.
Wit'iti:
Dança para um grupo com vestes especiais, originária de Colca e Caylloma.
Saratarpuy:
Sara=milho, Tarpuy=colheita.É uma variação da Qamili e é praticado quando é tempo de colheita do milho, eles dançam nesse evento especial o saratarpuy, desejando que a colheita seja boa.
Qhashwatinky:
Competição de dança entre grandes grupos, com pessoas jovens que tocam grandes flautas chamadas pinkullos.
Sarawayllu:
Praticado em quase todas as cidades Kechwas cada vez que se termina de construir uma nova casa. Não é uma dança, é somente cantado pelos convidados.
Kiyu-Kiyu:
É uma dança sobre a chuva. As pessoas, dirigindo-se para a cidade santa(varayuq) saem pelas ruas da cidade(ayllu) cantando e dançando na chuva.
Llamera:
Llamera é uma jovem que cuida de lhamas e vive nos Andes.
Essas danças são muito bonitas e foram compostas pelas lhameras, que dançam e cantam enquanto suas lhamas pastam, ou enquanto viajam com as lhamas pelos solitários lugares dos Andes. Atualmente não são somente elas que cantam e dançam "As llameras", também grupos de meninas de cada cidade dos Andes em qualquer evento ou celebração.
Tinkaches:
Uma dança e canto praticados enquanto suas terras e animais são dedicados à Deus. Ao som do tambor e da flauta eles dançam e cantam felizes, desejando que Deus cuide das suas terras e animais.
Hailis:
Canções cantadas depois de terminar o trabalho no campo, ali não tem instrumento musical. Um começa a cantar e o outro responde: Haili!
Yarqha Haspiy:
Canções cantadas por mulheres que trabalhavam nos canais de água, trabalho muito importante, pois de lá depende o abastecimento de água para a cidade; este trabalho pode ser de duas vezes ao ano de acordo com a vazão.
Nota: Quando os Quíchuas cantam essas canções, contam histórias e lendas. Se ninguém mudar as letras das músicas, elas serão folclóricas autênticas.

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Civilização Inca

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Por Rainer Gonçalves Sousa