Rosh Hashaná

Os rituais que marcam as comemorações do Rosh Hashaná
Os rituais que marcam as comemorações do Rosh Hashaná
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O Rosh Hashaná é o dia em que o povo judeu comemora o seu Ano Novo. Nessa data ocorre uma série de importantes comemorações que simbolizam diferentes eventos ligados às tradiçoes e à História do povo judeu. Boa parte das narrativas que explicam esse evento podem ser encontradas no Talmud, um dos livros que compõe o pensamento religioso judeu.

Na verdade, o Rosh Hashaná é conhecido como o “grande feriado” por marcar o início de outras significativas comemorações. Em geral, o período é comumente utilizado para que os judeus possam se redimir de suas falhas e buscar uma vida mais harmoniosa com os ensinamentos divinos. Segundo o calendário judaico, o ano novo deve ser comemorado no primeiro dia do mês de Tishrei, data em que Deus teria criado o homem.

Os adeptos ao judaismo celebram uma intensa meditação espiritual voltada para o perdão de seus pecados. Para isso, devem buscar a aprovação divina por meio de várias orações, o sincero arrependimento e a realização de ações beneficentes. No “grande feriado”, também existe um forte elo com o livre-arbítrio dado por Deus, pois é através dele que o homem pode ver a si mesmo e, com isso, estar espiritualmente forte.

A noção de contagem do tempo também se reflete em importante crença na qual os judeus encaram o Rosh Hashaná como um tempo de vida e morte. Seria justamente nos dez primeiros dias do ano novo que o fiel poderia escolher ter ou não o seu nome inscrito no “Livro da Vida”. Além disso, o grande feriado é o tempo em que se celebra o “dia do julgamento”.

Segundo as tradições judáicas, esses julgamentos são relembrados em diferentes ocasiões experimentadas no primeiro dia do ano. Os judeus acreditam que foi nesse dia que Adão e Eva consumiram do fruto da Árvore Proibida e que Caim teria assassinado seu irmão Abel. Paralelamente, o grande feriado também é compreendido como o dia da lembrança.

O dia da lembrança faz referência ao importante dia em que Abraão demonstrou sua abnegação espiritual ao quase sacrificar Isaac, seu único filho, à mando de Deus. Esse evento exorta os praticantes do judaísmo a sempre acolherem aos designios de Deus sem questioná-lo. Somente são abençoados aqueles que obedecem as orientações divinas sem, em nenhum momento, duvidar de seu proveito e suas bençãos.

Uma última comemoração que integra essa importante festividade religiosa judaica é o dia do toque do shofar. O shofar é uma espécie de instrumento musical sagrado tocado para se relembrar a história de Abraão e o carneiro que foi oferecido a Deus. Além disso, muitos judeus acreditam que o uso desse instrumento relembra a proximidade do povo judeu aos grandes propósitos de seu único e verdadeiro Deus.

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Por Rainer Gonçalves Sousa